Acesso à Internet amplia fosso entre escolas públicas e privadas
29/09/2016 - A inclusão digital das escolas públicas parou no tempo, indica o retrato tirado pelo Cetic.br, o braço de pesquisas do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Em praticamente a metade (45%) da rede estadual e municipal de ensino, as conexões a internet não passam de 2 Mbps. Nas escolas privadas, 47% começam em 5 Mbps e uma em cada quatro têm conexões acima de 10 Mbps.
“Estamos falando de uma faixa de idade que já está se preparando para o mercado de trabalho e aí perpetuar desigualdades é ainda mais complicado. A gente tem que investir em que as oportunidades das tecnologias não sejam só para alguns”, diz o coordenador da TIC Educação, Fabio Senne.
Há indicadores positivos, e talvez o mais significativo seja o sucesso da universalização do acesso – 93% das escolas públicas (100% das privadas) têm conexão à internet. E embora ainda representem uma parcela menor, 8% da rede pública tem conexões de 9 Mbps ou mais.
As baixas velocidades, porém, parecem ter relação direta com o uso efetivo da internet nas escolas. O primeiro efeito é uma concentração das conexões na área administrativa ou em salas de professores. Em apenas 20% há WiFi aberto aos alunos. E de 43% das escolas públicas onde há internet disponível nas salas de aula, apenas 23% usam a rede para algum tipo de atividade. Na rede particular, a disponibilidade é bem maior (72%), assim como o uso (50%).
“A velocidade não é suficiente. Uma proporção muito grande das escolas tem conexão de 2 Mbps que não é razoável para dividir em escolas com médias de 300, 400, 500 alunos. Em uma década de política pública tivemos progressos, mas a infraestrutura ainda é o problema”, avalia o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
Fonte: MCTIC. Acesso à Internet amplia fosso entre escolas públicas e privadas. Disponível em http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=43644&sid=14. 30 de setembro 2016.
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